Coloque o capacete, vista a balaclava, ajuste as luvas e aperte o cinto de segurança, pois o novo filme dirigido por Joseph Kosinski, o mesmo de Top Gun: Maverick (2022), é uma aventura que vai levar o público a uma jornada emocionante pelo mundo do automobilismo, mais precisamente dentro do cockpit. Bem vindo à Fórmula 1 – O Filme (F1: The Movie, 2025). Superprodução com a colaboração da FIA – Federação Internacional de Automobilismo, e o apoio de nomes como Brad Pitt, Lewis Hamilton e Toto Wolf, o filme se apresenta como uma aventura que combina ação, drama emocional e uma dose de motivação.
O filme conta a história de Sonny Hayes (Brad Pitt, Oscar de Coadjuvante por Era Uma Vez Em… Hollywood, 2019), um piloto norte-americano que volta à Fórmula 1 em 2023 para salvar a equipe APX GP, controlada por seu antigo companheiro das pistas, Ruben Cervantes (Javier Bardem, Oscar de Coadjuvante por Onde os Fracos Não Têm Vez, 2007), que sofre com a falta de resultados e vê a situação financeira se complicar.
No meio do caminho, o roteiro assinada por Ehren Kruger e o próprio diretor, tem uma história que envolve a mentoria do personagem de Pitt para com um piloto jovem e talentoso (Damson Idris, da série Snowfall), e a luta do veterano contra seus demônios do passado (que inclui memórias de correr com Senna, Prost e Mansell).
A trama segue um padrão que lembra momentos de filmes como os dois “Top Gun” (1986 e 2022), “Dias de Trovão” (1990), “Alta Velocidade” (Driven, 2001) e até mesmo dois filmes da saga de “Rock”, principalmente o primeiro (Rocky, Um Lutador, 1976) e o sexto (Rocky Balboa, 2006). Os discursos motivacionais e a ênfase na superação pessoal são elementos que aparecem sem nenhum tipo de vergonha de estar lá.
Não que o roteiro chega a ser um “retardatário” na pista dessa produção, mas, se fosse para compará-lo dentro de um grid, ele estaria no bolo de pilotos que luta por pontuar nas corridas. Sim, sua história é simples, nada além do comum, mas que consegue dosar sua emoção até a bandeirada final. Na pole position do carisma, Brad Pitt e Javier Barden lideram o elenco com muita leveza, mesmo nos momentos mais difíceis.
No entanto, é a execução técnica que realmente impressiona, digna de um título mundial. As sequências de ação são, literalmente, de tirar o fôlego. Com imagens impressionantes que coloca o espectador espectador voando nas pistas, muitas delas, icônicas. Somados à trilha sonora original pulsante de Hans Zimmer (Interestelar, 2014), a envolvente fotografia de Claudio Miranda (Oscar por As Aventuras de Pi, 2013), e a direção vibrante de Joseph Kosinski, o conjunto final é primorosamente vencedor.
Mas para boa parte dessa engrenagem funcionar, não podemos esquecer de um auxílio técnico da própria Apple, inclusive uma das empresas que banca o filme. A Apple substituiu as câmeras dentro dos carros por um módulo de câmera personalizado, assinado por engenheiros da própria empresa de celulares. E faz toda a diferença.
E sim, “Fórmula 1 – O Filme”, mesmo previsível e apesar de alguns absurdos dentro do “circo da Fórmula 1”, é uma grande (e divertida) experiência cinematográfica. Mais um grande acerto do diretor, roteirista e produtor Joseph Kosinski.
IMAX
Para aproveitar ao máximo a experiência, é recomendável assistir ao filme em uma tela IMAX ou similar. A magnitude das imagens e a intensidade das cenas de ação são potencializadas pela tecnologia de ponta, proporcionando uma experiência cinematográfica única.
Ehren Kruger, o roteirista
O melhor: O Suspeito da Rua Arlington (1999); O Chamado (2002);
O pior: O Chamado 2 (2005); Transformers: A Era da Extinção (2014);
Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por Top Gun: Maverick (2022).