
Baseado na famosa série de mangá de mesmo nome de Masamure Shirow (e que deu origem ao anime homônimo de 1995), A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (Ghost in the Shell, 2017) de Rupert Sanders, é uma digna adaptação e já está disponível em Blu-ray, DVD e em breve, nas plataformas digitais do Brasil.
Com a mistura de elaborados efeitos técnicos e visuais somados a ação hollywoodiana, o filme aborda a história de Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation para combater o crime.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (Ghost in the Shell, 2017) | Direção: Rupert Sanders | Elenco: Scarlett Johansson, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Juliette Binoche, Michael Pitt, Chin Han, Peter Ferdinando, Rila Fukushima, Kaori Momoi, Daniel Henshall, Andrew Stehlin, Joseph Naufahu, Xavier Horan.
Sinopse: Em um mundo pós-2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana.
DVD Colorido (preço sugerido: R$ 39,90) | Gênero: Ficção Científica | Duração: 106 minutos | Formato de Tela: Widescreen 1.78:1 Anamórfico | Áudio: INGLÊS (DD 5.1), ESPANHOL (DD 5.1), PORTUGUÊS (DD 5.1) | Legenda: INGLÊS, ESPANHOL, PORTUGUÊS | Classificação Indicativa: 14 anos | Extras: Section 9 – Cyber Defenders; Man & Machine: The Ghost Philosophy.
Blu-ray Simples (preço sugerido: R$ 69,90) | Gênero: Ficção Científica | Duração: 106 minutos | Formato de Tela: Widescreen 1.78:1 | Áudio: INGLÊS (DOLBY ATMOS), ESPANHOL (DD 5.1), PORTUGUÊS (DD 5.1) | Legenda: INGLÊS e INGLÊS (SDH), ESPANHOL, PORTUGUÊS | Classificação Indicativa: 14 anos | Extras: Hard-Wired Humanity: Making Ghost in the Shell; Secti 9: Cyber Defenders; Man & Machine: The Ghost Philosophy.

Opinião do editor:
Em atuação deslumbrante, Scarlett Johansson entrega uma grande Major/Motoko. Dotada de um erotismo cibernético, sua nudez é sugerida entre curvas e uma transparência tecnológica, apresenta uma expressão corporal absurda. Repare em seus movimentos robóticos, no excesso de toque e proximidade ao falar com humanos, pois no fundo carrega o conceito de identidade humana em si. Impossível não ficar hipnotizado com seus olhos que carregam a busca pela emoção, em meio a tantas incertezas.
Impossível não falar das semelhanças visuais com o clássico Blade Runner (1982), com sua ultra poluição visual cibernética numa metrópole que apresenta sua publicidade holográfica ofensiva, que culminam em um ambiente delirante. Se o visual é filhote (ou seria referência?) da obra oitentista, a ação mira outra sci-fi bem sucedida: Matrix (1999). Outro gatilho técnico que dá ritmo à ficção-científica é a sua trilha sonora, assinada pela dupla Lorne Balfe (que já havia colaborado em Batman, O Cavaleiro das Trevas, 2008) e o incrível Clint Mansell (Segredos de Sangue, 2013; Cisne Negro, 2010; Lunar, 2009; e indicado ao Globo de Ouro por Fonte da Vida, 2006).
E é aqui que entra uma das maiores surpresas da superprodução, a direção de Rupert Sanders, que havia estreado na direção de longas com o sucesso (apenas de bilheteria) Branca de Neve e o Caçador (2012). O diretor evolui consideravelmente ao costurar sua trama à ação de forma frenética, prevalecendo ainda enquadramentos com um extremo senso gráfico. Seus cortes de ação (ajudados por uma montagem que não compromete) não picotam as sequências, e até o uso da câmera lenta é necessária.
Entre as missões, perseguições, fugas e a busca pela verdade, somos metralhados com mergulhos de prédios rumo ao centro da ação, ataque de gueixas cibernéticas, tiroteios contra assassinos sem rosto, e um enfrentamento ao Spider Tank. O último, fica marcado como um dos grandes momentos do remake, capaz de aflorar muitos sentimentos (humanos) em meio a uma grande sequência de ação e o encontro com o terrorista Moze.
Ficar procurando diferenças entre esse novo filme e o material original pelo qual foi adaptado – tanto o mangá, quanto o anime homônimo de 1995 – é perder a oportunidade de consumir as qualidades do mesmo. Ou até não dar a oportunidade da sci-fi te conquistar. A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell, vai além do visual delirante, e ação bem coreografada. Possui uma protagonista inebriante, entrega alguma alma (de franquia) e se transforma em uma experiência bem acima do satisfatório. (Para ler a crítica completa, clique aqui).
